Executivos que participaram do CFO Fórum apostam em efeito limitado da crise internacional sobre negócios no País. Reveja o que foi notícia na semana que passou
Executivos brasileiros seguem otimistas e prevendo bons resultados para as empresas neste ano, com vendas aceleradas, a despeito do cenário externo turbulento. Esse foi o tom de uma pesquisa feita com executivos de finanças durante o CFO Fórum, realizado na Amcham-São Paulo na última quinta-feira (14/06).
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O evento reuniu cerca de 180 profissionais para discutir, além da conjuntura econômica e seus impactos para as companhias, boas práticas da área de finanças consideradas best in class.
No levantamento feito pela Amcham, 75% dos 136 executivos ouvidos revelaram apostar em evolução das vendas, sendo que mais de 64% dos executivos disseram acreditar que o resultado comercial crescerá acima de 5%. A resposta mais frequente, com 36,1% do total, foi de que haverá aumento das vendas acima de 15%.
Apesar do clima positivo detectado pela sondagem, economistas que participaram dos debates do fórum ressaltaram a necessidade de atenção. Maurício Molan, economista-chefe do Banco Santander, disse que o Brasil “saiu da zona de conforto e precisa fazer ajustes. O mercado de commodities vai diminuir e a demanda por produtos brasileiros vai ser menor” no exterior.
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A avaliação de Luiz Afonso Lima, economista-chefe da Telefonica do Brasil e diretor-presidente da Sobeet (Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica), afirmou que “o crescimento internacional está sendo gradual e com risco. Os EUA estão se recuperando, mas a China pode desacelerar além da conta e a Zona do Euro enfrenta recessão em sete das 17 economias do bloco”. Por isso, reforça o especialista, a crise internacional tende a trazer alguns impactos ao Brasil.
Parcerias e debates
Na semana que passou, já na segunda-feira (11/06), a Amcham também realizou a segunda reunião da força-tarefa Ciência Sem Fronteiras em São Paulo, consolidando novos passos para concretizar a iniciativa de fomentar estágios dos participantes do programa federal. A ideia é que os participantes do Ciência Sem Fronteiras complementem sua experiência acadêmica no exterior com uma vivência prática em companhias com forte viés inovador e cultura de geração de patentes.
“O papel da Amcham é fazer a articulação entre o CsF e o setor privado”, explicou Michelle Shayo Tchernobilsky, gerente de Relações Governamentais da Amcham.
No comitê estratégico de Energia da Amcham-São Paulo, o assunto foram as alternativas aos futuros desafios da contratação de energia elétrica no País. Os palestrantes avaliam que o custo da energia brasileira é elevado, resultado de uma alta carga tributária e encargos pesados que mordem a maior parte do preço da fatura, e que o mercado livre, hoje usado por 27% dos consumidores, pode ser um caminho para empresas baratearem seus custos energéticos dada a maior competição e a oferta ampliada de energia por esse segmento do mercado.
O potencial do mercado livre é atender 44% do total de consumidores brasileiros, segundo Ricardo Lima, conselheiro da Câmara de Comercialização de Energia (CCEE).
Na Amcham-Recife, o Programa Amcham de Capacitação Executiva (Pace) mostrou aos empresários que se antecipar às oportunidades é a melhor maneira de ter sucesso na área de vendas. João Batista Gomes, master coaching international pela Sociedade Latino-americana de Coaching, defendeu a aplicação de uma técnica chamada de “venda ofensiva”, que consiste em “ter uma atitude oposta ao comportamento defensivo. Em vez de esperar surgirem oportunidades, criá-las”.
Reveja o que foi notícia na Amcham nesta semana:
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